Maldição
Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos
Por ti sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
Amo e odeio sem razão
Coração... Quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia
Canto e choro de alegria
Sou feliz e desgraçada
Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo... E não tens nada
A gelada solidão
Que tu me dás, coração
Não é vida nem é morte
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte
Maldicion Fado
Qué destino o maldición
Mandanos, mi corazón?
El uno al otro tan perdido
Somos dos gritos silenciosos
Dos destinos no coinciden
Dos amantes desunidos
Sufro por ti y muero
No puedo encontrarte, ni siquiera te entiendo
Amo y odio sin razón
Corazón ... cuando te canses
De nuestras esperanzas muertas
¿Cuándo te detienes, corazón?
En esta lucha, esta agonía
Cantando y llorando de alegría
Soy feliz e infeliz
Qué destino para ti, mi cofre
Que nunca estás satisfecho
Que das todo ... Y no tienes nada
La soledad helada
Que me das corazón
No es vida ni muerte
Es lucidez, locura
Leer en el destino
Sin poder cambiar su suerte
Composição: Alfredo Duarte / Armando Vieira Pinto