Maldição

Que destino ou maldição
Manda em nós, meu coração!
Um do outro assim perdidos
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos

Por ti, sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
Amo e odeio sem razão
Coração, quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?
Coração, quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?

Nesta luta, esta agonia
Canto e choro de alegria
Sou feliz e desgraçada
Que sina tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada!
Que sina tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada!

A gelada solidão
Que tu me dás, coração
Não é vida, nem é morte
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte

Maldición

¡Qué destino o maldición
Manda en nosotros, mi corazón!
Uno del otro, así perdidos
Somos dos gritos callados
Dos fados desparejados
Dos amantes desunidos
Somos dos gritos callados
Dos fados desparejados
Dos amantes desunidos

Por ti, sufro y voy muriendo
No te encuentro, ni te entiendo
Amo y odio sin razón
¿Corazón, cuándo te cansas
De nuestras muertas esperanzas
Cuándo paras, corazón?
¿Corazón, cuándo te cansas
De nuestras muertas esperanzas
Cuándo paras, corazón?

En esta lucha, esta agonía
Canto y lloro de alegría
Soy feliz y desgraciada
¡Qué destino el tuyo, mi pecho
Que nunca estás satisfecho
Que das todo y no tienes nada!
¡Qué destino el tuyo, mi pecho
Que nunca estás satisfecho
Que das todo y no tienes nada!

La gélida soledad
Que tú me das, corazón
No es vida, ni es muerte
Es lucidez, desatino
De leer en el propio destino
Sin poder cambiarle la suerte
Es lucidez, desatino
De leer en el propio destino
Sin poder cambiarle la suerte

Composição: Alfredo Duarte