Pot-pourri de Boleros



Tu és a criatura mais linda que os meus olhos já viram
Tu tens a boca mais linda que a minha boca beijou
São meus os teus lábios, estes lábios que os meus desejos mataram
São minhas tuas mãos, essas mãos que as minhas mãos afagaram
Sou louco por ti, eu sofro por ti, te amo em segredo
Adoro o teu corpo divino
Que pelas mãos do destino a mim tu viestes
Tenho ciúme do sol, do luar e do mar
Tenho ciúme de tudo
Tenho ciúme até da roupa que tu vestes

Garçom, olhe pelo espelho
A dama de vermelho que vai se levantar
Note que até a orquestra
Fica toda em festa
Quando ela sai para dançar
Essa dama já me pertenceu
E o culpado fui eu da separação
Hoje choro de ciúme
Ciúme até do perfume
Que ela deixa no salão

Garçom amigo, apague a luz da minha mesa
Eu não quero que ela note
Em mim tanta tristeza
Traga mais uma garrafa
Hoje vou embriagar-me
Quero dormir para não ver
Outro homem te abraçar

Veja só que tolice nós dois
Brigarmos tanto assim
Se depois vamos nós a sorrir
Ficar de bem no fim
Para quê maltratarmos o amor
O amor não se maltrata não
Para quê se essa gente o que quer
É ver nossa separação

Brigo eu, você briga também
Por coisas tão banais
E o amor, em momentos assim
Morre um pouquinho mais
E ao morrer então é que se vê
Que quem morreu fui eu e foi você
Pois sem amor, estamos sós
Morremos nós

Pot-pourri de Boleros

Eres la criatura más hermosa que mis ojos hayan visto
Tienes la boca más hermosa que mi boca haya besado
Son míos tus labios, estos labios que mis deseos han matado
Son mis manos, esas manos mis manos han acariciado
Estoy loco por ti, sufro por ti, te amo en secreto
Amo tu cuerpo divino
Que por las manos del destino has venido a mí
Estoy celoso del sol, la luz de la luna y el mar
Estoy celoso de todo
Estoy celosa incluso de la ropa que llevas

Camarero, mírate en el espejo
La dama de rojo que se va a levantar
Tenga en cuenta que incluso la orquesta
Todo es una fiesta
Cuando ella sale a bailar
Esta dama me perteneció una vez
Y yo tenía la culpa de la separación
Hoy lloro de celos
Celos incluso de perfume
Que ella se va en el salón

Camarero amigo, apaga la luz de mi escritorio
No quiero que se dé cuenta
En mí tanta tristeza
Tráeme otra botella
Hoy voy a emborracharme
Quiero dormir para no ver
Otro hombre para abrazarte

Mira lo tontos que somos los dos
Luchando tanto
Si vamos a sonreír más tarde
Sé bueno al final
¿Por qué maltratamos al amor
El amor no es maltratado no
¿Qué sentido tiene si esta gente quiere lo que quiere?
Es ver nuestra separación

Yo lucho, tú también peleas
Para cosas tan banales
Y el amor, en tiempos como este
Muere un poco más
Y cuando mueres, entonces ves
Que yo soy el que murió, y fuiste tú
Porque sin amor, estamos solos
Morimos

Composição: Altemar Dutra