Vaso Ruim

Vaso Ruim

Mostro minha face suja
Não lhe dou a tapa
Eu bem te avisei
Que eu sou de amargar

Sou de sabor fel na esperança
Sou de sorrir e desdenhar
Não adianta nem tentar

Porque eu sou vaso ruim
Pode confiar
É que eu sou muito ruim
Pode confiar

Não há muito investimento
Há, sim, perda de tempo
Vaso ruim não quebra
Pra que vou chorar?

Não pego de leve como o poeta
Te machuco breve, a ferida aberta

Não vai cicatrizar
Não vai, não
Mas não vai cicatrizar

Eu sou pra quem gosta da dor
Sou difícil de agüentar
Não espere muito de mim
Pois nada posso lhe dar

Se é por ódio ou por saudade
Que você quer ficar
Vá embora, bata a porta
E nem pense em reclamar

Sou da rua, sou de lua
Já bati, já cansei de apanhar
Junte todos os seus cacos
E arranje outro lugar

Jarrón malo

Jarrón malo

Muestro mi cara sucia
No te daré la bofetada
Te lo advertí
Que soy de amargura

Estoy agallas con sabor a esperanza
Soy uno para sonreír y despreciar
No sirve de nada intentarlo

Porque soy un jarrón malo
Puedes confiar en mí
Es sólo que soy muy malo
Puedes confiar en mí

No hay mucha inversión
Sí, hay una pérdida de tiempo
Mala jarrón no se rompe
¿Por qué lloro?

No lo tomo a la ligera como el poeta
Te lastimé pronto, la herida se abrió

No sanará
No, no lo harás
Pero no sanará

Estoy a favor del que le gusta el dolor
Soy difícil de tomar
No esperes demasiado de mí
Porque no puedo darte nada

Ya sea por odio o por anhelo
Que quieres quedarte
Vete, cierra la puerta
Y ni siquiera pienses en quejarte

Soy de la calle, soy de la luna
He tocado, ya he tenido suficiente de ser golpeado
Reúna todos sus fragmentos
Y encontrar otro lugar

Composição: Diego Zangado / Gabriel Azevedo