Descendo As Escadas

Descendo as escadas
A vida alheia entretém
São Paulo machuca e a solidão também
Venda casada, a solução final
Numa história vazia a empatia se desfez
Em corredores, cultos e ações
Comportamentos afetados por lições
Se faz valer sempre o mais forte
Em nome do perdão, deuses fazem reféns

Dedo no gatilho, sempre a reação
Encarar escolhas, enfrentar o depois
Interpretar a vítima pronto pra matar
Não se deve contestar

Não vai adiantar
Tentar esconder
No ponto cego neutro e seguro
Que encontrou
Dentro de um vazio
Que não cicatrizou
E não vai denunciar
Nem se mostrar cruel

Do branco da parede
Determinada perfeição
Insultos inanimados, uma vida sem som
Por trás das evidências, uma moral sem cor
Escuridão humana travestida de ação

Mãos sob controle, ocupam a visão
Hipnose em massa, assimilação
Interpretar a vítima pronta pra morrer
É preciso compreender

Não vai adiantar
Tentar esconder
No ponto cego neutro e seguro
Que encontrou
Dentro de um vazio
Que não cicatrizou
E não vai denunciar
Nem hesitar
Em se mostrar cruel

Água empoçada, rigidez, torpor
Discurso de casta, modelo importado
Baixa tolerância, alta infração
Seguindo a hierarquia e vivendo em negação

Não vai justificar
Roubar pra empreender
Cuspir, bater a porta
Ordenar quando convém
Comércio a sangue frio
Sofrimento é transação
E não vai denunciar
Nem se mostrar cruel

Bajando las escaleras

Bajar las escaleras
La vida de los demás entretiene
São Paulo duele y la soledad también
Venta casada, la solución final
En una historia vacía, la empatía se desmoronó
En corredores, cultos y acciones
Comportamientos Afectados por Lecciones
Si siempre haces que valga la pena más fuerte
En nombre del perdón, los dioses toman rehenes

Dedo en el gatillo, siempre la reacción
Opciones de cara, cara al después
Juega a la víctima lista para matar
No debe haber disputa

No servirá de nada
Intenta esconderte
En punto ciego neutro y seguro
¿Quién encontró
Dentro de un vacío
Eso no sanó
Y no vas a reportar
Ni eres cruel

Desde la pared blanca
Cierta perfección
Insultos inanimados, una vida sin sonido
Detrás de la evidencia, una moral incolora
La oscuridad humana trasvestida de la acción

Manos bajo control, ocupan visión
Hipnosis masiva, asimilación
Juega a la víctima lista para morir
Uno debe entender

No servirá de nada
Intenta esconderte
En punto ciego neutro y seguro
¿Quién encontró
Dentro de un vacío
Eso no sanó
Y no vas a reportar
Ni lo dudes
Ser cruel

Agua hinchada, rigidez, torpor
Voz de casta, modelo importado
Baja tolerancia, alta infracción
Seguir la jerarquía y vivir en negación

No lo justificará
Robar para emprender
Escupe, cierra la puerta
Ordenar cuando le conviene
Comercio a sangre fría
El sufrimiento es una transacción
Y no vas a reportar
Ni eres cruel

Composição: Marcão Melloni / Ric Mastria / Rodrigo Lima