O Fado É Meu

Não cantes os meus versos tem cuidado
Todas as dores da vida tenho-as eu
Não te sujes na lama do meu fado
Nem te rias se digo: O fado é meu

Não cantes os meus versos com vaidade
Porque o meu sentimento é verdadeiro
Eu escrevo, canto, choro a realidade
E a desgraça que vai pelo mundo inteiro

Não cantes os meus versos por favor
São mágoas, estados d’alma, que te dei
São negras, muito negras sem valor
As noites, tantas noites que chorei

Não cantes os meus versos deita-os fora
Aniquila o poeta que sou eu
Mas nunca tentes rir, minh'alma chora
Com lágrimas de vida o fado é meu

El fado es mío

No cantes mis versos. Ten cuidado
Todos los dolores de la vida los tengo
No te ensucies en el barro de mi fado
Ni siquiera te rías si digo, el Fado es mío

No canten mis versos con vanidad
Porque mi sentimiento es verdad
Escribo, canto, lloro la realidad
Y la desgracia que va por todo el mundo

No hagas mis versos, por favor
Estos son dolores, estados de alma, te he dado
Son negros, muy negros sin valor
Las noches, tantas noches que lloré

No hagas mis versos tirarlos por la borda
Aniquila al poeta que soy
Pero nunca trates de reír, mi alma llora
Con lágrimas de vida el fado es mío

Composição: Armando Machado *fado súplica* / Paco Gonzalez