Rosa Sem Espinhos

Para todos tens carinhos
A ninguém mostras rigor!
Que rosa és tu, sem espinhos?
Ai, que não te entendo, flor

E a borboleta vaidosa
A desdém te vai beijar
O mais que lhe fazes, rosa
É sorrir e é corar

E quando a sonsa da abelha
Tão modesta em seu zumbir
Te diz: Ó rosa vermelha
Bem me podes acudir

Tu, de lástima rendida
De maldita compaixão
Tu, ó súplica atrevida
Sabes tu dizer que não?

Tanta lástima e carinhos
Tanto dó, nenhum rigor
És rosa e não tens espinhos
Ai que não te entendo, flor

Rosa Sin Espinas

Tienes afecto por todos
¡No muestres a nadie ningún rigor!
¿Qué rosa eres sin espinas?
Oh, no te entiendo, flor

Y la vana mariposa
El desdén te besará
Cuanto más haces, rosa
Sonríe y sonrojate

Y cuando suene la abeja
Tan modesto en su zumbido
Te digo: oh rosa roja
Bueno me puedes ayudar

Tú, lamentablemente entregado
De maldita compasión
Tú, atrevida súplica
¿Sabes decir no?

Tanta piedad y cariño
Tanta pena, sin rigor
Eres rosa y no tienes espinas
Oh, no te entiendo, flor

Composição: Almeida Garrett / João de Noronha