Memória da Pele

Eu já esqueci você
Tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre
Busco sempre
A sonhar em vão
Cor vermelha carne da sua boca, coração
Eu já esqueci você, tento crer
Seu nome, sua cara, seu jeito, seu odor
Sua casa, sua cama
Sua carne, seu suor
Eu pertenço a raça da pedra dura
Quando enfim juro que esqueci
Quem se lembra de você em mim
Em mim
Não sou eu sofro e sei
Não sou eu finjo que não sei, não sou eu
Sonho bocas que murmuram
Tranço em pernas que procuram enfim
Não sou eu sofro e sei
Quem se lembra de você em mim
Eu sei, eu sei
Bate é na memória da minha pele
Bate é no sangue que bombeia
Na minha veia
Bate é no champanhe que borbulhava
Na sua taça e que borbulha agora na taça da minha cabeça
Eu já esqueci você, tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre
Busco sempre a sonhar em vão
Cor vermelha, carne da sua boca, coração

Memoria de piel

Ya te he olvidado
Trato de creer
En esos labios mis labios chupan con placer
Siempre apesto
Siempre busco
Soñando en vano
Color carne roja de tu boca, corazón
Ya te he olvidado, trato de creer
Tu nombre, tu cara, tu manera, tu olor
Tu casa, tu cama
Tu carne, tu sudor
Pertenezco a la raza de la piedra dura
Cuando finalmente juro que olvidé
¿Quién te recuerda en mí?
En mí
No es que sufro y sé
No soy yo finjo que no lo sé, no soy yo
Sueño con bocas que murmuran
Trenzado en las piernas que buscan por fin
No es que sufro y sé
¿Quién te recuerda en mí?
Lo sé, lo sé
El ritmo está en la memoria de mi piel
Batir en la sangre que bombea
En mi vena
Es mejor que el champán que burbujeó
En tu taza y ahora las espinillas en la taza de mi cabeza
Ya te he olvidado, trato de creer
En esos labios mis labios chupan con placer
Siempre apesto
Siempre busco soñar en vano
Color rojo, carne de tu boca, corazón

Composição: João Bosco / Waly Salomão