Dois Olhos Negros

A curiosidade de saber
O que me prende?
O que me paralisa?
Serão dois olhos
Negros como os teus
Que me farão cruzar a divisa

É como se eu fosse pra um Vietnã
Lutar por algo que não será meu
A curiosidade de saber
Quem é você?

Dois olhos negros!
Dois olhos negros!

Queria ter coragem de te falar
Mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio
Um pobre coração em chamas

É como se eu fosse um colegial
Diante da equação
O quadro, o giz
A curiosidade do aprendiz
Diante de você

Dois olhos negros!
Dois olhos negros!

O ocultismo, o vampirismo
O voodoo
O ritual, a dança da chuva
A ponta do alfinete, o corpo nú
Os vários olhos da Medusa

É como se estivéssemos ali
Durante os séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse ali
No fim do corredor

Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!

Dos Ojos Negros

La curiosidad por saber
¿Qué me detiene?
¿Qué me paraliza?
Habrá dos ojos
gente negra como la tuya
Eso me hará cruzar la frontera

Es como si hubiera ido a Vietnam
Luchar por algo que no será mío
La curiosidad por saber
¿Quién eres tú?

¡Dos ojos negros!
¡Dos ojos negros!

Ojalá tuviera el coraje de decirte
¿Pero cuál sería el idioma?
Congelado en mi propio resfriado
Un pobre corazón ardiente

Es como si fuera un estudiante de secundaria
Dada la ecuación
La pizarra, la tiza
La curiosidad del alumno
Antes de ti

¡Dos ojos negros!
¡Dos ojos negros!

Ocultismo, vampirismo
el vudú
El ritual, la danza de la lluvia
La punta del alfiler, el cuerpo desnudo
Los muchos ojos de Medusa

es como si estuviéramos allí
A lo largo de los siglos haciendo el amor
Es como si la vida terminara ahí
Al final del pasillo

¡Dos ojos negros!
¡Dos ojos negros!
¡Dos ojos negros!
¡Dos ojos negros!

Composição: Lula Queiroga