Gota Abandonada

A chuva bate lá fora
Junto ao vento meus
Lamentos
Na minh'alma a noite
Dorme
Nas minhas mãos só há
Sonhos
Que a noite queima e
Devora

Sonhos fugazes, vadios
Que poem na minha
Noite
A imagem do teu querer
Esperanças que vivo e
Sinto
Sem vontade de viver

Deixa que caia essa
Chuva
Abrindo rios em meu
Peito
Sulcos fundos de
Amargura
Gritando como
Perdidos
À noite, minha ternura

Na solidão deste mar
Sou a vaga mais sozinha
Sou a lágrima roubada
Sou dessa noite de
Chuva
Uma gota abandonada

Abandonada gota

La lluvia golpea fuera
Por el viento mío
Lo siento
En mi alma la noche
Duérmete
En mis manos sólo hay
Sueños
Que la noche arde y
Cómetelo

Sueños fugaces, vagos
Que pusieron en mi
Noche
La imagen de tu deseo
Espero que viva y
Lo siento
No hay voluntad de vivir

Deja que caiga eso
Lluvia
Abrir ríos en mi
Pecho
Ranuras inferiores de
Amargura
Gritando como
Perdido
Por la noche, mi ternura

En la soledad de este mar
Soy el lugar más solitario
Soy la lágrima robada
Soy de esta noche de
Lluvia
Una gota abandonada

Composição: Maria de Lourdes de Carvalho / Martinho D'Assunção