Tecnopapiro

Perdão mãe
Se a vida virou um mundo de botão
Se a tela espia nossa solidão
Se digitei errado pra você
Me dê mãe
Tua caligrafia meia dois
A pauta inteira pra eu saber depois
Se eu não compartilhar teu sol num papiro

Analógica você
Cartas num papel de pão
Teu aroma de vinil
Me inspira
Analógica você
Cartas num papel de pão
Teu aroma de vinil
Me inspira

Cadê mãe?
Aquela Barsa que atirou em mim
O monstro alado da história sem fim
Um telegrama pro e-mail errado
Fudeu, né?
Vou te ligar de dentro do avião
Pra te dizer que o meu velho pião
Tecnoroda nos meus sonhos antigos

Analógica você
Cartas num papel de pão
Teu aroma de vinil
Me inspira
Analógica você
Cartas num papel de pão
Teu aroma de vinil
Me inspira

Calei mãe
Já fiz download do teu coração
Já imprimi teu mapa astral no meu

Tecnopapiro

Perdóname, madre
Si la vida se ha convertido en un mundo de botones
Si la pantalla espía a nuestra soledad
Si lo he escrito mal para ti
Dámelo, mamá
Tu letra media dos
Toda la agenda para que pueda averiguarlo más tarde
Si no comparto tu sol en un papiro

Analógico que
Letras en un papel de pan
Tu aroma de vinilo
Me inspira
Analógico que
Letras en un papel de pan
Tu aroma de vinilo
Me inspira

¿Dónde está mamá?
Ese Barsa que me disparó
El monstruo alado de la historia interminable
Un telegrama al correo electrónico equivocado
Follada, ¿eh?
Te llamaré desde dentro del avión
Para decirte que mi viejo top
Tecnoroda en mis viejos sueños

Analógico que
Letras en un papel de pan
Tu aroma de vinilo
Me inspira
Analógico que
Letras en un papel de pan
Tu aroma de vinilo
Me inspira

Me callo, mamá
Ya he descargado tu corazón
Ya imprimí tu carta en la mía

Composição: Maria Gadú