Boêmio Demodê

Vou fazer uma seresta
Moderninha como quê
Misturar os tratamentos
Juntar o tu com você
Eu não quero que me chamem
Um boêmio demodê

Com acordes dissonantes
Sem marquise e sem calçada
Sem vulto de mulher amada
Na penumbra do balcão
Seresta ultra moderna
Sem viola e violão

Minha seresta
Não terá pinga na rua
Não terá luar nem Lua
E nem lampião de gás
Porque a Lua
Nesses tempos agitados
Já não é dos namorados
Romantismo não tem mais

Minha seresta
Nesta era espacial
Vai se tornar imortal
Na voz daquele ou daquela
Minha seresta
Vai ganhar placa de bronze
Pois nem mesmo apolo onze
É mais moderno que ela

Demodê de Bohemia

voy a hacer una serenata
moderno cómo qué
mezclar los tratamientos
unirte contigo
no quiero que me llamen
un bohemio demode

Con acordes disonantes
Sin marquesina y sin acera
Sin la apariencia de una mujer amada
En las sombras del balcón
seresta ultra moderna
Sin viola y guitarra

mi seresta
No habrá goteos en la calle
No habrá luna ni luna
Y sin lámpara de gas
porque la luna
En estos tiempos agitados
ya no es san valentin
El romanticismo ya no existe

mi seresta
En esta era espacial
se volverá inmortal
En la voz de eso o aquello
mi seresta
Ganará placa de bronce
Porque ni siquiera el apolo once
es mas moderno que ella

Composição: Adelino Moreira