Súplica

Aço frio de um punhal
Foi o seu adeus para mim
Não crendo na verdade, implorei, pedi
As súplicas morreram sem eco, em vão
Batendo nas paredes frias do apartamento

Torpor tomou-me todo
E eu fiquei sem ser mais nada
Adormecido tenha, talvez, quem sabe
Pela janela aberta a fria madrugada
Amortalhou-me a dor com o manto da garôa

Esperança, morreste muito cedo
Saudade, cedo de mais chegaste
Uma quando parte a outra sempre chega
Chorar já lágrimas não tenho

Coração, por que é que tu não paras?
A taça do meu sofrer findaste
É inútil prosseguir se forças já não tenho
Tu sabes bem que ela era a minha vida
Meu doce e grande amor

Por placer

Acero frío de una daga
fue tu adios para mi
Sin creer la verdad, rogué, pedí
Las súplicas murieron sin eco, en vano
Tocando las frías paredes del apartamento

El letargo me tomó por todas partes
y yo no era nada mas
Dormido tiene, quizás, quién sabe
Por la ventana abierta el frío amanecer
Envolvió mi dolor con el manto de la llovizna

Esperanza, moriste demasiado pronto
Saludos, llegaste demasiado pronto
Uno cuando se va el otro siempre llega
ya no tengo lagrimas

Corazón, ¿por qué no te detienes?
Se acabó la copa de mi sufrimiento
De nada sirve seguir si ya no tengo fuerzas
tu sabes bien que ella era mi vida
mi dulce y grande amor

Composição: Otávio Gabus Mendes / José Marcílio / Deo