A Escolha Que Eu Fiz

Foi a escolha que eu fiz
Agora o sangue que escorre não apaga, não é giz
Eu vacilei, não olhei
Tinha um pé ali atrás no balcão quando enquadrei
Entrei suando, era a deixa
Cada, cada preju, o seu é a queixa
Eu me fodi de verdade, se pá não vai dá
Não vou ver nem as grades

Que merda é essa que eu fiz
Eu não ouvi o meu parceiro como eu ouço o juiz, infeliz
Respire fundo, otário
Violento e desnecessário
Dói pra caralho e agora não é hora de rezar e brisar
Louco, deixa de história!
Tem que ser homem, ladrão
Mesmo sendo massacrado no chão, né não?

Pelo barulho da moto
Aquele filho da puta me deixou feio na foto
Volto, com a prova do crime na mão
Mano, tô precisando de mais um pulmão
Com vinte anos apenas, nunca dei orgulho
Só acumulo problemas
Tema ao menos, nós tem ninguém
Se eu for pro túmulo é o mínimo que se espera de alguém

No chão por alguns reais
Missão de risco, ousadia, sabia, mas fui incapaz
De ter a calma, planejar o esquema
Agora jaz, não dá mais, sou refém do sistema
Pela sirene fudeu
Arrancaram o capacete, um povinho me reconheceu
Cuspe na cara, chute, algema
Pior que bicho, lixo arrastado, mó cena
Se o Datena filmar e a minha estrela brilhar
Eu morro feliz, vilão vagabundo
Foda-se o que esse porco diz

La elección que hice

Fue la elección que hice
Ahora la sangre que fluye no se borra, no es tiza
Me estremí, no miré
Había un pie en el mostrador cuando lo enmarcé
Vine sudando, esa era la señal
Cada uno, cada preju, el suyo es la queja
Realmente me jodí a mí mismo, si la pala no le da
Ni siquiera veré los barrotes

¿Qué demonios hice?
No escuché a mi compañero como oigo al juez, infeliz
Respira hondo, tonto
Violento e innecesario
Duele como el demonio y ahora no es momento de rezar y brisas
¡Loco, para la historia!
Tienes que ser un hombre, ladrón
Aunque te maten en el suelo, ¿verdad?

Por el ruido de la bicicleta
Ese bastardo me puso feo en la foto
Volveré, con la evidencia del crimen en mi mano
Hermano, necesito otro pulmón
Veinte años, nunca me sentí orgulloso
Estoy acumulando problemas
Miedo al menos, no tenemos a nadie
Si voy a la tumba, es lo menos que esperarías de nadie

En el suelo para algunos reales
Misión de riesgo, atrevido, lo sabía, pero era incapaz
Para tener la calma, planee el esquema
Ahora mienta, no más, soy rehén del sistema
Por la sirena arruinada
Me arrancaron el casco, un chico pequeño me reconoció
Escupir en la cara, patear, esposar
Peor que insecto, basura arrastrada, escena mó
Si Datena filma y mi estrella brilla
Muero feliz, vagabundo villana
Al diablo con lo que dice ese cerdo

Composição: Edi Rock