Sou Negrão

Subi o morro pra cantar (o rap ahh, o rap ahh)
Que é pra malando se ligar (o rap ahh, o rap ahh)
Que malandragem é trabalhar (o rap ahh, o rap ahh)
E a pivetada estudar

Não tenho toda malandragem de Bezerra da Silva
Nem o canto refinado de Paulinho da Viola
Sou só mais um neguinho pelas ruas da vida
Que quer se divertir, fazer um som e jogar bola
Rappin Hood sou, hã, sujeito homem
Se eu tô com o microfone é tudo no meu nome
Sou Possemente Zulu, se liga no som
Sou negrão, certo sangue bom
20 de novembro temos que repensar
A liberdade do negro, tanto teve de lutar
O negro não é marginal, não é perigo
Negro ser humano, só quer ter amigo
Na antiga era o funk, agora é o rap
Vem puxando o movimento com o negro de talento
O negro é bonito quando está sorrindo
Como versou Jorge Ben, o negro é lindo

E é por causa disso tudo que estamos aqui
Se falam mal do negro, eu não tô nem aí
Pois já briguei muito, já falei demais
Mas o que o negro quer agora realmente é a paz
Andar na rua no maior sossego
Constituir família, ter o seu emprego
Como Grande Othelo, João do Pulo, BB King e o Blues
Raul de Souza, Milles Davis, improviso no jazz
Pixinguinha e Cartola, velha guarda do samba
Luiz Melodia e Milton Nascimento, dois bambas
Vieram os metralhas como rap abolição
Falando do negro e de sua opinião
Pois, muitos negros já percorreram a trilha do sucesso
Jackson do Pandeiro, Candeia e Aniceto
Kizomba, Festa da Raça com Martinho e a Vila
No ano do centenário, grande maravilha
E a rainha do samba, Clementina de Jesus
Que já partiu pra melhor mas Quelé divina luz
E no futebol, temos rei Pelé
Garrincha de pernas tortas num perfeito balé

Sou negrão, hei
Sou negrão, hou

Luiz Gonzaga era preto, era o rei do baião
Jair Rodrigues disparou no festival da canção
Dener com a bola, mais que um dom
Preto quer trabalhar, não quer meter um oitão
Futuro, presente, passado, realmente jogados
Fizemos a história, perdemos a memória
Temos nosso valor, temos nosso valor
Bob Marley, paz e amor
Diamante negro do gol de bicicleta
Leônidas da Silva, craque da época
O Malcolm X daqui, Zumbi temos que exaltar
Em Palmares teve muito que lutar
Martin Luther King com a sua teoria
Estados Unidos o movimento explodia
Apartheid, um por todos e todos por um
Nelson Mandela sem problema nenhum

Sou Negrão, hei
Sou Negrão, hou

Ivo Meirelles, Jamelão e aí Mangueira
Luta marcial, jogar capoeira
Negra mulher, preta Dandara
Leci Brandão, Jovelina, Ivone Lara
Cabelo rasta, dança afoxé
Anastácia e Benedita, muito axé
Djavan e o seu som genial
O rei do balanço, mestre James Brown
Também falando de maninhos que não aceitam revide
Aqui vai o meu alô pra DJ Hum e Thaíde
E a reunião da grande massa black
Acontece aqui, nos versos do samba-rap
Na intenção de ver um dia o negro sorrindo
Gilberto Gil, Tim maia, os símbolos
Não esquecendo de falar de Sandra de Sá
Com os seus olhos coloridos fez a massa balançar

Sou negrão, hei
Sou negrão, hou

DMN decretou o que todos têm medo
É 4P, poder para o povo preto
Não o poder do dinheiro, não a corrupção
Sim o poder do som, Revolusom
Como um solo de Hendrix faz você viajar
Coisa de preto mano, pode chegar
Brother vem dançar porque a dança começou
Vindo do Fundo de Quintal
Mente Zulu chegou e esse é o recado que acabamos de mandar
Pra toda raça negra escutar e agitar
Portanto honre sua raça, honre sua cor
Não tenha medo de falar, fale com muito amor

Sou negrão, hei
Sou negrão, hou

Soy negro

Subí al cerro a cantar (el rap ahh, el rap ahh)
Eso es para que malando se conecte (el rap ahh, el rap ahh)
Qué engaño está funcionando (el rap ahh, el rap ahh)
Y el estudio pivetada

No tengo todos los trucos de Bezerra da Silva
Ni el canto refinado de Paulinho da Viola
Solo soy otro negro en las calles de la vida
¿Quién quiere divertirse, hacer un sonido y jugar a la pelota?
Rappin Hood soy, uh, hombre chico
Si tengo el micrófono todo está a mi nombre
Soy Possemente Zulu, mira el sonido
Soy negro, algo de buena sangre
20 de noviembre hay que repensar
La libertad del negro, tanto tuvo que luchar
Los negros no son marginales, no son peligrosos
Ser humano negro, solo quiere tener un amigo
En la vieja era del funk, ahora es rap
Viene tirando del movimiento con el talento negro
El negro es guapo cuando sonríe
Como decía Jorge Ben, los negros son hermosos

Y es por eso que estamos aquí
Si dicen cosas malas de los negros, no me importa
Porque he peleado mucho, he dicho demasiado
Pero lo que el negro realmente quiere ahora es paz
Caminando por la calle en paz
Forma una familia, ten tu trabajo
Como Grande Othelo, João do Pulo, BB King y el Blues
Raul de Souza, Milles Davis, jazz improvisación
Pixinguinha y Cartola, la vieja guardia de la samba
Luiz Melodia y Milton Nascimento, dos expertos
La metralla vino como la abolición del rap
Hablando de los negros y su opinión
Bueno, muchos negros han recorrido el camino del éxito
Jackson do Pandeiro, Candeia y Aniceto
Kizomba, Festa da Raça con Martinho y el Village
En el año del centenario, gran maravilla
Y la reina de la samba, Clementina de Jesus
Quien ya se fue para mejor pero Quelé luz divina
Y en el fútbol tenemos al Rey Pelé
Garrincha de piernas torcidas en un ballet perfecto

soy negro, oye
soy negro, eh

Luiz Gonzaga era negro, era el rey del baião
Jair Rodrigues disparado en el Festival de la Canción
Dener con el balón, más que un regalo
Preto quiere trabajar, no quiere meterse en un oitão
Futuro, presente, pasado, realmente jugado
Hicimos historia, perdimos la memoria
Tenemos nuestro valor, tenemos nuestro valor
Bob Marley, paz y amor
Bicicleta portería diamante negro
Leônidas da Silva, as de la época
Malcolm X de aquí, Zumbi tenemos que exaltar
En Palmares tuvo mucho que pelear
Martin Luther King con su teoría
Estados Unidos el movimiento estalló
Apartheid, uno para todos y todos para uno
Nelson Mandela sin ningún problema

soy negro, oye
soy negro, eh

Ivo Meirelles, Jamelão y luego Mangueira
Lucha marcial, jugando capoeira
Mujer negra, Dandara negra
Leci Brandão, Jovelina, Ivone Lara
Pelo rasta, baile afoxé
Anastasia y Benedita, muy axé
Djavan y su gran sonido
El rey del swing, el maestro James Brown
También hablando de hermanitos que no aceptan represalias
Aquí va mi saludo a DJ Hum y Thaíde
Y la reunión de la gran masa negra
Sucede aquí, en los versos de samba-rap
Con la intención de ver a un negro sonreír algún día
Gilberto Gil, Tim Maia, los símbolos
Sin olvidar mencionar a Sandra de Sá
Con sus ojos de colores hizo oscilar la masa

soy negro, oye
soy negro, eh

DMN decretó lo que todos temen
Es 4P, poder para los negros
Ni poder del dinero, ni corrupción
Sí, el poder del sonido, Revolusom
Cómo un solo de Hendrix te envía de viaje
Black cosa hermano, puede llegar
Hermano ven a bailar que ya empezó el baile
Viniendo del patio trasero
Zulu mind ha llegado y este es el mensaje que acabamos de enviar
Para cada raza negra para escuchar y sacudir
Así que honra tu raza, honra tu color
No tengas miedo de hablar, habla con amor

soy negro, oye
soy negro, eh

Composição: Rappin' Hood