Inquilino do Universo

Eu não quero nada pra amanhã
Eu quero tudo agora
Sei que a morte é traiçoeira
Chega sem dizer a hora

Eu não quero nada pra amanhã
Eu quero tudo agora
Sei que a morte é traiçoeira
Chega sem dizer a hora

Eu já pago esse chão pra caminhar
Pago a água pra beber
Pago até pra sorrir
Sei que paguei pra nascer
Eu pago o sucesso e pago o fracasso
A subida e a descida
Pago pra viver, mas não sou dono da vida
Tenho que seguir minha caminhada
Eu pago tudo não sou dono de nada

A natureza me gera e me cria
Mas depois se alimenta de mim
Na chegada da velhice
Quando tudo chega ao fim
Sou um padre sem paróquia
Um produto sem mercado
Volto a ser criança aguardando o chamado
Para dar uma mão à morte e um adeus à vida
Pago muito caro minha despedida
Viajo coberto de flores
Viagem que não tem regresso
Porque sou e quem não inquilino do universo

Inquilino del Universo

No quiero nada para mañana
Quiero todo ahora
Yo se que la muerte es traicionera
Llega sin decir la hora

No quiero nada para mañana
Quiero todo ahora
Yo se que la muerte es traicionera
Llega sin decir la hora

Ya pagué este piso para caminar
Pago el agua para beber
Pagado para sonreír
Sé que pagué para nacer
Pago por el éxito y pago por el fracaso
El ascenso y el descenso
Pagado para vivir, pero no soy el dueño de la vida
Tengo que seguir mi caminar
Pago por todo, no tengo nada

La naturaleza me engendra y me crea
Pero luego se alimenta de mi
A la llegada de la vejez
Cuando todo llegue a su fin
Soy un sacerdote sin parroquia
Un producto sin mercado
Soy un niño otra vez esperando la llamada
Para echar una mano a la muerte y un adiós a la vida
Pago caro mi despedida
Viajar cubierto de flores
Viaje que no tiene vuelta
Porque soy y quien no es inquilino del universo

Composição: Roberto RIbeiro