Império Serrano 2020 - Aluísio Machado e Cia

Sou a guardiã de nossa história
Sou eu, a Tia, dona da memória
A Negra Realeza da Serrinha
Mãe Preta, do jongo, Rainha!
De pé descalço, piso forte no terreiro
Abro a roda pra mironga de jongueiro
Evoco em versos Marias guerreiras
A heroica resistência nas trincheiras!
Canto a bravura e a valentia
De mulheres que lutaram dia a dia!

Vim mostrar o meu valor!
Vovó ensinou, vovó contou
Tenho sangue de Dandara
A nobreza de Benguela!
Sou alteza da favela!

A luta não pode parar
Insistem; não vou me curvar!
Eu quero, a bem da verdade, a tal igualdade
Sonho meu que o mundo tenha mais respeito!
Sonho meu fazer valer nossos direitos
Livres da mão do algoz
Ninguém vai calar nossa voz!

Quem diz que mulher não é valente?
Imperiana, presente!
Eu sou raiz, filha desse chão
Resisto a qualquer opressão!

Empire Serrano 2020 - Aluísio Machado e CIA

Soy el guardián de nuestra historia
Soy yo, Tia, dueño de la memoria
La realeza negra de los Sawinha
¡Madre Negra del Jongo, Reina!
Descalzo, suelo fuerte en el terreiro
Abro la rueda para el jongbird
Invoco a marías guerreras en versos
¡La heroica resistencia en las trincheras!
Yo canto valentía y valentía
¡De mujeres que lucharon día a día!

¡He venido a mostrar mi valor!
La abuela enseñó, la abuela dijo
Tengo sangre de Dandara
¡La nobleza de Benguela!
¡Soy la alteza de la favela!

La lucha no puede parar
¡Insisten, no me inclinaré!
Quiero, de hecho, tal igualdad
¡Sueño que el mundo tiene más respeto!
Sueño de mí para hacer valer nuestros derechos
Libre de la mano del torturador
¡Nadie cerrará nuestra voz!

¿Quién dice que una mujer no es valiente?
¡Imperia, presente!
Soy la raíz, hija de este piso
¡Resisto a cualquier opresión!

Composição: Aluísio Machado / Beto BR / Lucas Donato / Luiz Henrique / Matheus Machado / Rafael Prates / Renan Diniz / Senna / Thiago Bahiano