Mocidade 2020 - Jaci Campo Grande e Cia

Sei, foi tudo mais intenso do que sonhei
E só Deus sabe bem o que eu passei
Pois não é fácil ser o que o mundo quer
Com berço pobre, negra, mãe e mulher!
Onde a rotina pega, mata e come
Sobreviventes do Planeta Fome
E moça tão bonita de favela
Encanta o Brasil em aquarela
A voz que rasga o peito
O preconceito, a opressão
Alcança o infinito
Em infinita vocação

Estrela de Padre Miguel

Trêmula carne escura
Que lambe a ferida
Sociedade impura
Verdade da vida
Sangra quem olha no olho
Lama da hipocrisia
Chama, eu sou o tom da minoria

Sim, fui macerada, massacrada por amar
E solitária, solitária na indignação
Cantei mais forte pra essa gente se calar
Reconsagrada, inquestionável redenção
Bruxa, deusa fêmea, visceral
E das maiores que o mundo já ouviu
Sou muito mais do que a força da garganta
Que emociona, dilacera, acalanta
E se agiganta a desnudar esse Brasil
Que é tão gigante no olhar da Mocidade
E tão pequeno, tão voraz, servil

Sou Elza do povo, paixão que não cala
Sou Independente, meu lugar de fala
O canto do Uirapuru, olhar da verdade
Salve a Mocidade, Salve a Mocidade!

Juventud 2020 - Jaci Campo Grande e Cia

Lo sé, todo fue más intenso de lo que soñé
Y sólo Dios sabe por lo que he pasado
Porque no es fácil ser lo que el mundo quiere
Con pobre cuna, negro, madre y esposa!
Donde la rutina atrapa, mata y come
Sobrevivientes del Planeta Hambre
Y tan bonita chica de la barriada
Encantar a Brasil en acuarela
La voz que rasga el pecho
Prejuicio, opresión
Alcanzar el infinito
En vocación infinita

Estrella del Padre Miguel

Temblor carne oscura
Que lame la herida
Sociedad Impura
La verdad de la vida
El que mira a los ojos sangra
Barro de hipocresía
Llama, soy el tono de la minoría

Sí, me maceraron, masacraron por amar
Y solitario, solitario en la indignación
Canté más duro para callar a esta gente
Redención reconsagrada e incuestionable
Bruja, diosa femenina, visceral
Y el más grande que el mundo haya escuchado
Soy mucho más que la fuerza de mi garganta
Que emociona, rasga, calma
Y agiganta para desnudar este Brasil
Eso es tan gigante en la mirada de la juventud
Y tan pequeño, tan voraz, servil

Soy Elza del pueblo, pasión que no silencia
Soy independiente, mi lugar de habla
La esquina del Uirapuru, mirada de la verdad
¡Salve Juventud, Salve Juventud!

Composição: Anderson Migão / Bachini / D’arc / Glaucio Oliveira / Jaci Campo Grande / Leandro Chiappetta / Marcinho.Com / Prof. Renato Cunha