Canção Noturna

Misterioso luar de fronteira
Derramando no espinhaço
Quase um mar
Clareando a aduana
Venezuela, donde estás?

Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar

Minha camisa estampada
Com o rosto de Elvis
A minha guitarra é minha razão
Minha sorte anunciada
Misteriosamente a Lua sobre nada

Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar

Espalhem por aí boatos
De que eu ficarei aqui
Espalhem por aí boatos
De que eu ficarei aqui

Vem, mamacita, doida e meiga
Sempre o âmago dos fatos
Minha guerra e as flores do cactos
Poema, cinema, trincheira

Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar

Um cego na fronteira, filósofo da zona
Me disse que era um dervixe
Eu disse pra ele, camarada
Acredito em tanta coisa
Que não vale nada

Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar

Espalhem por aí boatos
De que eu ficarei aqui
Espalhem por aí boatos
De que eu ficarei aqui

Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo o seu olhar

Velejando, viajando, Sol quarando
Meu querer, meu dever, meu devir
E eu aqui a comer poeira
Que o Sol deixará

Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar
Não sei por que nessas esquinas
Vejo seu olhar

Canción Nocturna

Misteriosa luz de luna fronteriza
derramándose en la cresta
casi un mar
limpiando la aduana
venezolana donde estas

No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada

mi camisa estampada
Con la cara de Elvis
mi guitarra es mi razon
mi suerte anunciada
Misteriosamente la luna sobre nada

No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada
No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada

difundir rumores alrededor
que me quedaré aquí
difundir rumores alrededor
que me quedaré aquí

Ven, mamacita, loca y dulce
Siempre el corazón de los hechos
Mi guerra y las flores de cactus
Poema, cine, trinchera

No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada

Un ciego en la frontera, filósofo de la zona
Me dijo que era un derviche
le dije amigo
yo creo en tanto
eso no vale nada

No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada
No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada

difundir rumores alrededor
que me quedaré aquí
difundir rumores alrededor
que me quedaré aquí

No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada
No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada

Navegando, viajando, puesta de sol
Mi deseo, mi deber, mi devenir
Y aquí estoy comiendo polvo
que el sol se ira

No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada
No sé por qué en estas esquinas
veo tu mirada

Composição: Lelo Zanetti / Chico Amaral