Surabaya Johnny (feat. Cida Moreira)

Dezesseis anos só eu tinha
E pra longe você me levou
E dizendo que a sorte era minha
A lua você me jurou

Perguntei como você vivia
E do mar você não me falou
"Eu trabalho numa ferrovia, baby
Marinheiro não, eu não sou"

Surabaya Johnny
Não me trate assim
Surabaya Johnny
Meu amor não tem fim
Surabaya Johnny
Sou tão infeliz
Amando assim ao meu Johnny
Que não chora por mim

No começo era tudo certinho
Desde que eu te fizesse carinho
Mas o tempo passou e a vida
O vento do mar me levou
A imagem perdida no tempo
Da cidade, do cais e do mar
Aparece na frente do espelho
Repetindo meu próprio olhar

Eu jamais descobri o mistério
Nem por que te chamavam assim
Mas as noites e os hotéis eram nossos
E isso bastava pra mim
Acordar numa cama barata
E ouvir o barulho do mar
Teu navio partindo pra longe
Indo embora pra qualquer lugar

Você não presta, Johnny
Você é um canalha, Johnny
Por que você me abandonou, Johnny
Você pode me dizer por quê?
Eu te odeio quando você me olha assim
E tire esse cachimbo da boca, seu porco

Surabaya Johnny (hazaña. Cida Moreira)

Sólo tenía dieciséis años
Y lejos me llevaste
Y diciendo que fue mi suerte
La luna que me juraste

Te pregunté cómo vivías
Y desde el mar no me dijiste
Trabajo en un ferrocarril, nena
No, marinero, no lo soy

Surabaya Johnny
No me trates así
Surabaya Johnny
Mi amor no tiene fin
Surabaya Johnny
Estoy tan infeliz
Amando a mi Johnny así
¿Quién no llora por mí?

Al principio todo estaba bien
Siempre y cuando te importara
Pero el tiempo pasó y la vida
El viento del mar me llevó
La imagen perdida en el tiempo
Desde la ciudad, el muelle y el mar
Aparece delante del espejo
Repitiendo mi propia mirada

Nunca descubrí el misterio
Ni por qué te llamaban así
Pero las noches y los hoteles eran nuestros
Y eso fue suficiente para mí
Despertar en una cama barata
Y escuchar el sonido del mar
Su barco sale muy lejos
Irse a cualquier lugar

Apestas, Johnny
Eres un sinvergüenza, Johnny
¿Por qué me dejaste, Johnny?
¿Puedes decirme por qué?
Te odio cuando me miras así
Y saca esa pipa de tu boca, cerdo

Composição: Bertolt Brecht / Kurt Weill