África Mãe

Viemos de um mundo
Distante além
Do alto mar
Nos trouxeram sem permissão
Tivemos que ficar
Viemos de um navio
Sem a mínima condição
E aqui nos forçaram
A trabalhar, meu irmão

Mas eu insisto
Pois eu existo
Quero respeito, não abro mão
E sem nos dar a mínima
Ou estudar
Para que jamais ficássemos
Em condições igual
Humilhação, maus tratos
Surras, torturas sem igual
Quase total extermínio
De uma raça tão legal
Capaz, inteligente e sobretudo bonita
E os anos se passaram
E foram passando
E pouca coisa mudou
Mas eu insisto
Porque existo
Quero respeito, não abro mão

E pouca coisa mudou
Pois o povo
Que aqui foi trazido acorrentado
Ainda continua preso a condições
Ainda piores que no passado
Escravidão
Ainda é visível e constante
O preconceito, firme e ambulante
Mas eu insisto
Eu não desisto
Quero respeito, não abro mão
Pois em toda parte
O racismo existe
E quando isso existe
Fica tudo muito triste
Pobre, verdadeiro e cruel
E para que isto mude
Cada um tem que fazer o seu papel
Exigir respeito
Andar direito
Ser exemplar
Levantar o peito
Erguer a cabeça
E ter confiança
Formar lideranças
Para conduzir
Essa gente bela
Sem esperanças
Todas as aquarelas
Juntas em uma só cor
Agora essa casa é sua
Esse prédio, essa rua
Foi você quem construiu essa cidade
Esse país é nosso
Esse mundo é nosso
Ele é meu e ele é seu
É de todos nós
De todas as raças, cores
Credos, seitas e religiões
Mas eu insisto
Porque existo
Quero respeito, não abro mão
Temos que conviver juntos
Ecumenicamente
Pois agora somos todos irmãos

Madre africana

Venimos de un mundo
Mucho más allá
Desde la alta mar
Nos trajeron sin permiso
Tuvimos que quedarnos
Venimos de un barco
Sin la más mínima condición
Y aquí nos obligaron a
Trabajando, hermano mío

Pero insisto
Porque existo
Quiero respeto, no me rendiré
Y sin importarle un carajo
O estudiar
Para que nunca nos quedáramos
En igualdad de condiciones
Humillación, maltrato
Golpaduras, torturas sin igual
Exterminación casi total
De una carrera tan cool
Capaz, inteligente y sobre todo hermoso
Y pasaron los años
Y pasaron por
Y poco ha cambiado
Pero insisto
Porque existo
Quiero respeto, no me rendiré

Y poco ha cambiado
Para el pueblo
¿Quién fue traído aquí encadenado?
Todavía atascada a las condiciones
Aún peor que en el pasado
Esclavitud
Todavía es visible y constante
Prejuicio, firme y caminando
Pero insisto
No me rindo
Quiero respeto, no me rendiré
Porque en todas partes
El racismo existe
Y cuando eso existe
Es todo muy triste
Pobre, verdadero y cruel
Y para que esto cambie
Todo el mundo tiene que desempeñar su papel
Exigir respeto
Piso derecho
Sé ejemplar
Levanta el pecho
Levanta la cabeza
Y tener confianza
Formación de líderes
Para conducir
Estas hermosas personas
sin esperanza
Todas las acuarelas
Articulaciones en un color
Ahora esta casa es tuya
Este edificio, esta calle
Tú eres el que construyó esta ciudad
Este país es nuestro
Este mundo es nuestro
Él es mío y es tuyo
Es de todos nosotros
De todas las razas, colores
Credos, sectas y religiones
Pero insisto
Porque existo
Quiero respeto, no me rendiré
Tenemos que vivir juntos
Ecumenicamente
Por ahora todos somos hermanos

Composição: Tim Maia