Os Vultos

Los Vultos

Os Vultos

Son sombras escritas en terciopelo
São sombras que se escrevem sobre veludo
De una noche de memoria y contemplación
De uma noite de memória e contemplação
Son sangre y lágrimas; el contenido
São sangue e lágrimas; o conteúdo
De las causalidades de la pasión
Das causalidades da paixão.

Mi camino baila en negro
O meu caminho dança em negrume,
En tinta cáustica del pasado
Em tinta cáustica do passado
Y mi corazón arde en llamas
E o meu coração arde em lume
Que es la llama de mi fado
Que é chama do meu fado.

Son figuras que cubren el abismo
São vultos que recobrem o abismo
Donde duermo en penitencia
Onde durmo em penitência.
Son reflejos de un exorcismo
São reflexos de um exorcismo
Eso niega la existencia
Que desmente a existência.

Y si las voces se callan
E se as vozes se calarem,
En una noche de melancolía
Numa qualquer noite de melancolia,
Es hora de recordar
É tempo de se lembrarem
La violencia que me silencia
Da violência que me silencia.

Porque en silencio soy rey
Pois no silêncio sou rei,
Una tragedia vulgar
Uma tragédia vulgar
Que se pierde en un mundo sin ley
Que se perde num mundo sem lei
Que realmente no sé cómo ser
Em que verdadeiramente não sei estar.

Y son figuras que se pierden dentro de mí
E são vultos que se perdem dentro de mim
Y son voces lascivas sobre satén
E são vozes lascivas sobre cetim.
Es vicios y deseos para Atenas
São vícios & desejos por atenas
Son chacales, víboras e hienas
São chacais, víboras & hienas.

Estas voces que no se callan
Estas vozes que não se calam...
Estas voces que no están escritas
Estas vozes que não se escrevem...
Estas voces que llenan
Estas vozes que preenchem...
La timidez del perfume que emana
A timidez do perfume que exalam...

Cierra la tormenta y la confusión
Calem a tempestade & confusão
Deja que la luna baña mi corazón
Deixem a lua banhar o meu coração
Con su pálido resplandor de anhelo
Com o seu brilho pálido de saudade
Eso destruye las figuras de la vanidad
Que destrói os vultos da vaidade.