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Letra

Antiguamente

Antigamente

Antiguamente, era coto la Mouraria
Antigamente, era coito a Mouraria

De aquella gente
Daquela gente

Condenada en ausencia
Condenada à revelia

Y el fado ameno
E o fado ameno

Canción de los más portugueses
Canção das mais portuguesas

Era el veneno
Era o veneno

Para matarles las tristezas
Pra lhes matar as tristezas

Y la Mouraria
E a Mouraria

Madre del fado de otras eras
Mãe do fado doutras eras

Que fue el nido de Severas
Que foi ninho de Severas

Que fue barrio turbulento
Que foi bairro turbulento

Perdió ahora
Perdeu agora

Todo el aspecto de callejera
Todo o aspecto de galdéria

Es más limpia, está más seria
Está mais limpa, está mais séria

Más fadista cien por ciento
Mais fadista cem por cento

Adiós carruajes
Adeus tipóias

Con jamelgos y viseras
Com pilecas e viseiras

Adiós farras
Adeus rambóias

Y cafés de camareras
E cafés de camareiras

Nada más queda
Nada mais resta

De la moirama que dio el grito
Da moirama que deu brado

Que la funesta
Do que a funesta

Memoria de su pasado
Lembrança do seu passado

Y la Mouraria
E a Mouraria

Que perdió en tiempos idos
Que perdeu em tempos idos

La nobleza de los sentidos
A nobreza dos sentidos

Y el poder de una virtud
E o poder de uma virtude

Salvó todavía
Salvou ainda

Toda la gracia que ella tenía
Toda a graça que ela tinha

Agarrada a la capilla
Agarrada à capelinha

De la Señora de la Salud
Da Senhora da Saúde

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