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Dentro da Tempestade
Ana Moura
Dentro de la tormenta
Dentro da Tempestade
Me atrapan en la tormenta
Fico presa na tempestade
Donde no duermo conmigo
Onde não durmo comigo
Hay restos reales
Há restos de verdade
El que el dolor tenía sentido
A que a dor tirou sentido
Caídos entre los espacios
Caída entre os espaços
De mi cuerpo destruido
Do meu corpo destruído
No quedan restos reales
Já não há restos de verdade
Y el dolor ha perdido su significado
E a dor perdeu sentido
Dejé armas de mis brazos
Deixei armas dos meus braços
Se me cayó la ropa que llevaba
Larguei roupas que vesti
Dejé las calles donde las piedras
Deixei ruas onde as pedras
Me tatuaron los pasos
Tatuaram os meus passos
En el mar de manos nubladas
No mar de mãos turvas
Nadaste transparente
Nadavas transparente
Nos encontramos en un gesto
Encontramo-nos num gesto
Entero e indiferente
Inteiro e indiferente
Lloramos como si naciéramos
Choramos como quem nasce
Fluyendo por el anhelo
Escorrendo a saudade
Usted viene en el sol al amanecer
Vens no Sol de madrugada
Como la mano en la tormenta
Como a mão na tempestade
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