Inicia sesión para activar tu suscripción y eliminar los anuncios

Iniciar sesión

Traducción generada automáticamente

visualizaciones de letras 1.614

Cães de Raça (part. Guto)

Azagaia

Letra
Significado

Cães de Raça (part. Guto)

Eu sou mulato, né? Sou mulato sem bandeira
Desde a guerra colonial que não tenho trincheira
Pai branco intelectual, mãe preta lavadeira
Quis ser igual a ele, mas sem esquecer minha parteira
Quis ser progressista, chamaram-me exclusivista
Quando pedi ao fascista Salazar que me chamasse português
Que eu até era benfiquista, bebia vinho do porto e até era racista

Mas também fui independentista, revolucionário intelectual, mafalalista
Deu lugar a Craveirinha passando por Noémia de Sousa
Quem disse que a minha vida é só boémia?
Na tuga o assimilado, português de segunda
Na terra, condenado a mecânico ou prostituta
Ninguém vence a minha luta
Se a mulata arranja job dizem que deu a fruta
E quem convence que a má conduta de um mulato que acelera carros
Não é minha culpa
Não é minha culpa do look que trago em mim
De dia odeiam-me
De noite amam-me
Vamos duma vez acabar com as farsas
Mulato é o ódio e o amor entre as raças

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Eu sou preto da senzala a morar numa favela
Sou dono da terra sem nunca ter mandado nela
Com os amigos quero paz, com os irmãos faço guerra
Por isso, sou explorado na minha própria terra
Eu sou o único rico que vive na miséria
Vivo da pena que sentem de mim, vivo da miséria
Enteado do mundo civilizado, filho da miséria
Sonho para ver se acordo livre da miséria

Expulsei colonos, mas nunca o colonialismo
Vi a merda, baixei a tampa e não puxei o autoclismo
Por isso é que a minha casa cheira mal
Preto explora preto, cheira a tempo colonial
Mas essa guerra vem do tempo tribal
Traí pretos como eu para os brancos do litoral
E os brancos no litoral fixaram a capital
Puseram os filhos mulatos mais próximos do capital
Por isso, pretos como eu que não podem ter a cor igual
Batem-se para ao menos terem a cor do capital
Mas deixem-me dizer-vos a verdade inteira
A minha religião, irmãos, também é verdadeira
A minha catedral é palhota da curandeira
E África cura tudo, por isso é hospitaleira

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Eu sou branco, vivo das casas da zona chique
Polana e Sommerchield, na garagem estaciono um Jeep
Não sou bantu, mas há séculos que eu sou vip
Nas terras de moçambique nasci, eu sou daqui
Ou das terras de Portugal
Ai, cruz credo, José e Maria, vinho e Bacalhau
Futebol, clube do Benfica ou do Porto ou do Sporting
Luso vanguardista no desporto
Na vanguarda do investimento privado
Dono da língua, dono da obra, dono das acções do Banco
Dono da arrogância, mas deixa explicar um bocado
É que desde a minha infância que sou bem tratado
Cresci no ensino privado ou cheguei contratado
Pretos e mulatos, meus primos subordinados
Ou irmãos injustiçados, também sou Cardoso
Branco suicida, Jornalista do povo
Colonialista de novo, pago o preço da cor
Da minoria que educou uma sociedade pela cor
Luz verde no semáforo das raças
Em caso de acidente, não estou no hospital das massas
Branco bom patrão, na hora das graças
Fascista oportunista na hora das desgraças

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Nós bhai é tudo irmão
Nosso vida é fazer negócio, nosso política é alcorão
Nós dar nome, esse país dar tempero e religião
Moçabim-bico, rajá e mendi na mão
Branco, preto e mulato é tudo cliente do coração
Mas bhai só casar com bhai, nós manter nosso tradição
Esse não é racismo não, pensa um bocado
Nosso criança habituou ver preto como empregado
Preto carregar saco, no loja, no armazém
Preto não gostar salário, dizer que bhai é monhé
Sim, bhai é monhé, monhé gosta mesquita
Gosta carro com motor potente para fazer corrida
Gosta dar esmola pobre quando chega sexta-feira
Gosta amigo mulato, gosta fumo e bebedeira
Mas essa brincadeira termina mês de jejum
Num vai na discoteca, não faz formula um
Usar cofió, esquecer garrafa de rum
Esse mês é sagrado, bhai não faz mal nenhum
Monhé dono da loja, sim, monhé comerciante
Fazer dinheiro circular, ser bom negociante
Monhé empresário, moçambicano de raiz
Nós fazer funcionar economia deste país

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Eu sou um cão de raça
Aqui só passa a minha raça
Aqui só passa a minha raça
Cadela de raça
Aqui só passa a minha raça, raça

Perros de raza (parte Guto)

soy mulato no? soy un mulato sin bandera
Desde la guerra colonial no he tenido trinchera
Padre blanco intelectual, madre lavandera negra
Quería ser como él, pero sin olvidar a mi matrona
Quería ser progresista, me llamaron exclusivista
Cuando le pedí al fascista Salazar que me llamara portugués
Que hasta era hincha del Benfica, bebía oporto y hasta era racista
Pero también fui independentista, intelectual revolucionario, mafalalista
Dio paso a Craveirinha pasando por Noémia, de Sousa
Quien dijo que mi vida es solo bohemia
En la tuga, el asimilado, portugués de segunda mano
En la tierra condenado a mecánico o prostituta
nadie gana mi pelea
Si la mulata consigue trabajo, dicen que da frutos
Y quien convence que la mala conducta de un mulato que acelera autos
No es mi culpa
No es mi culpa la mirada que llevo
De dia me odian
por la noche me aman
Acabemos con la farsa
Mulato es odio y amor y carreras

soy un perro de pura raza
Solo mi raza pasa aquí
Solo mi raza pasa aquí
perra de raza
Solo mi raza pasa aquí
Raza

Soy negro de los barrios de esclavos viviendo en una favela
Soy dueño de la tierra sin haberla mandado nunca
Con amigos quiero la paz, con hermanos hago la guerra
Por eso soy explotado en mi propia tierra
Soy el único rico que vive en la miseria
Vivo de la pena que la gente siente por mí, vivo de la miseria
Hijastro del mundo civilizado, hijo de la miseria
Sueño a ver si despierto libre de miseria
Expulsé a los colonos, pero nunca al colonialismo
Vi la mierda, puse la tapa y no tiré la cadena
Por eso mi casa huele mal
Preto explora preto, huele a tiempos coloniales
Pero esta guerra viene de la época tribal
Traicioné a negros como yo a blancos en la costa
Y los blancos en la costa fijaron la capital
Colocaron a los niños mulatos más cerca de la capital
Por eso los negros como yo no podemos tener el mismo color
Luchan por al menos tener el color del capital
Pero déjame decirte toda la verdad
Mi religión, hermanos, también es verdadera
Mi catedral es la choza del curandero
Y África lo cura todo por eso es hospitalaria

soy un perro de pura raza
Solo mi raza pasa aquí
Solo mi raza pasa aquí
perra de raza
Solo mi raza pasa aquí
Raza

Soy blanco, vivo en las casas de la parte alta
Polana y Sommerchield, en el garaje estaciono un Jeep
No soy bantú, pero he sido vip durante siglos
Nací en las tierras de Mozambique, soy de aquí
O de las tierras de Portugal
Ai cruz credo, José y María, vino y bacalao
Fútbol, Benfica o Porto o Sporting club
Vanguardia lusa en el deporte
A la vanguardia de la inversión privada
Dueño de la lengua, dueño de la obra, dueño de las acciones del Banco
Dueño de la arrogancia, pero déjame explicarte un poco
es que desde mi infancia me han tratado bien
Crecí en la educación privada o me contrataron
Negros y mulatos, mis primos subordinados
O hermanos agraviados, yo también soy Cardoso
Suicide White, periodista popular
Colonialista otra vez, pago el precio del color
De la minoría que educó una sociedad por color
Luz verde en el semáforo de carreras
En caso de accidente, no estoy en el hospital de las masas
Buen jefe blanco, en tiempo de gracia
Oportunista fascista en la hora de la desgracia

soy un perro de pura raza
Solo mi raza pasa aquí
Solo mi raza pasa aquí
perra de raza
Solo mi raza pasa aquí
Raza

We bhai es todo hermano
Nuestra vida es hacer negocios, nuestra política es el Corán
Lo nombramos, le damos a este país especias y religión
Mozabim-bico, rajá y mendi en mano
Blanco, negro y mulato son todos clientes del corazón
Pero bhai solo se casa con bhai, mantenemos nuestra tradición
Esto no es racismo no, piénsalo un poco
Nuestro hijo solía ver, negro como un empleado
Bolsa de transporte negra en la tienda del almacén
Al negro no le gusta el salario diciendo que bhai es monhé
Sí, bhai es monhé, a monhé le gusta la mezquita
¿Te gusta un coche con un motor potente para las carreras?
Le gusta dar limosna a los pobres cuando llega el viernes
Le gusta un amigo mulato, le gusta fumar y beber
Pero esta broma acaba con el mes de ayuno
No vayas a la discoteca, no hagas fórmula uno
Usa cofió, olvídate de la botella de ron
Este mes es sagrado, bhai no hace daño
Dueño de tienda Monhé sí, comerciante monhé
Haz circular el dinero, sé un buen dealer
Monhé es un empresario mozambiqueño
Hacemos que la economía de este país funcione

soy un perro de pura raza
Solo mi raza pasa aquí
Solo mi raza pasa aquí
perra de raza
Solo mi raza pasa aquí
Raza

Agregar a la playlist Tamaño Cifrado Imprimir Corregir
Enviada por Nelson. Revisiones por 2 personas . ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Azagaia e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500


Opções de seleção