Filosofias

Meu coração, que pranteias?
Não tenhas dó de ninguém...
Não queiras penas alheias,
Que as tuas chegam-te bem!...


Se fosses de gelo feito,
De mármore ou de granito,
Não galopavas aflito
pelas ruas do meu peito.


Nos artifícios das teias
Da triste melancolia;
Que fizeste da alegria,
Meu coração, que pranteias?


Quem pensa muito não tem
Horas tranquilas, serenas!
Penas! Não queiras mais penas
Que as tuas chegam-te bem!...

Filosofías

Mi corazón, ¿qué llanto?
No tengas piedad de nadie
No quieres penas de otros
Que los tuyos son buenos para ti


Si estuvieras hecho de hielo
De mármol o granito
No galopaste en apuros
por las calles de mi pecho


En los artificios de las telarañas
De la triste melancolía
Lo que hiciste de alegría
Mi corazón, ¿qué llanto?


Aquellos que piensan demasiado no tienen
¡Silencio, horas serenas!
¡Plumas! No quieres más plumas
Que los tuyos son buenos para ti

Composição: Joao Linhares Barbosa