Não Estava Pra Peleia

Ele puxou de uma adaga
E veio pra me matar
Eu puxei do meu revolver
Apertei o gatilho e "pá"

A adaga fazia um "vú"
Vinha pra cá e pra lá
Como aspa de brazina
Que se agacha a "atropelá"

"corpeei" mais uma estocada
Dei mais dois tiros - "pá...pá"
Não estava pra peleia
Só atirava pra errar

Pra quem se criou matando
Pendão de caraguatá
Pra mim é uma diversão
Se chegam pra me "matá"

Nisso chegou dois "milico"
Com mais um pra "reforçá"
Eu ia naquela dança
De se "negá" e se "negá"

Toda lei é compreensível
Foi fácil de me "explicá"
Não matei ele por gosto
É que não dexei me "matá"

Enfiei o trinta no coldre
E chega de me "chairá"
Eu admiro a coragem
Devolvo a adaga pro piá

Eu sou um peão do rio grande
Meu ofício é "trabaiá"
Pois quando um não quer briga
Não tem como dois "brigá"

No era para la piel

Sacó una daga
Y viniste a matarme
Saqué mi revólver
Apreté el gatillo y «pala

La daga hizo un «voo
Venía aquí y allá
Como una cita de brazina
¿Quién cruza el «atropellado

corped» una media más
Disparé dos tiros más - «Hombre... hombre
No me gustaba la piel
Sólo estaba disparando para fallar

Para el que se crió matando
Colgante Caraguata
Para mí es una distracción
Si es suficiente para matarme

En esto vinieron dos «milico
Con uno más para «reforzar
Iba a ir a ese baile
De «niega» y «niega

Toda ley es comprensible
Fue fácil «explicarme
No lo maté por gusto
Es sólo que no dejé que me mataras

Pagué los treinta en la funda
Y no más «chairá» mí
Admiro el coraje
Devolveré la daga a la piah

Soy un peón del gran río
Mi oficio es «trabaiá
Porque cuando uno no quiere pelear
No hay manera de dos «peleas

Composição: Leonel Gomez / Tadeu Martins