Na Presilha do Laço
César Oliveira
Anda muito "maturrango"
Pisando em terreno alheio,
Metendo mal o cavalo,
Esparramando o rodeio,
Tenteando na volta errada
Cheio de estilo e floreio
Mas quando a pampa precisa
Falta comando no arreio.
A mentira não resiste
Por muito tempo parceiro
Que a verdade pede cancha
Quando se apaga o candeeiro,
O "maula" arrepia o pelo
Na fumaça do entrevero
Não é por nada que o campo,
Precisa é de homem campeiro.
Rio Grande das Invernadas!
Pátria forjada no braço
Querência dos campos "buenos"
Onde eu assino o que faço
Sustento as coisas que digo
Bem na presilha do laço.
No destino das estradas
Impera o jogo da sorte
Interesses mal contados
Perdidos do próprio norte...
Enquanto nas sesmarias
Rodeios de cria e corte
Fazem com que esta campanha
Cada vez fique mais forte.
Paro meu pingo de frente
Nada me cruza a cancela
Fico bombeando,sereno!
Pra ver se o touro atropela
Quem tem amor pela terra
Morre "peleando" por ela
Pois quando falta forquilha
É que enferruja a barbela.
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