Mar e Lua
Chico Buarque
Mar y Luna
Mar e Lua
Amaban el amor urgente
Amaram o amor urgente
Las bocas saladas por el mar
As bocas salgadas pela maresia
Las costas aradas por la tempestad
As costas lanhadas pela tempestade
En esa ciudad
Naquela cidade
Lejos del mar
Distante do mar
Amaban el amor sereno
Amaram o amor serenado
Desde las playas nocturnas
Das noturnas praias
Se levantaban las faldas
Levantavam as saias
Y estaban llenas de felicidad
E se enluaravam de felicidade
En esa ciudad
Naquela cidade
Que no tiene luz de Luna
Que não tem luar
Amaban el amor prohibido
Amavam o amor proibido
Pues hoy es sabido
Pois hoje é sabido
Todo el mundo cuenta
Todo mundo conta
Que una andaba tonta
Que uma andava tonta
Embarazada de Luna
Grávida de lua
Y otra andaba desnuda
E outra andava nua
Ávida de mar
Ávida de mar
Y estaban quedando marcadas
E foram ficando marcadas
Escuchando risas, sintiendo escalofríos
Ouvindo risadas, sentindo arrepios
Mirando hacia el río tan lleno de Luna
Olhando pro rio tão cheio de lua
Y que continúa
E que continua
Corriendo hacia el mar
Correndo pro mar
Y fueron corriente abajo
E foram correnteza abaixo
Rodando en la cama
Rolando no leito
Tragando agua
Engolindo água
Flotando con las algas
Boiando com as algas
Arrastrando hojas
Arrastando folhas
Cargando flores
Carregando flores
Hasta desmayar
E a se desmanchar
Y fueron mutando en peces
E foram virando peixes
Torneando en conchas
Virando conchas
Torneado en guijarros
Virando seixos
Torneando en arena
Virando areia
Arena plateada
Prateada areia
Con Luna llena
Com lua cheia
A la orilla del mar
E à beira-mar
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