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Fado
Cristina Branco
Fado
Fado
Soy lento porque estoy triste
Será que sou lento por ser triste
Porque todo lo que pienso es inútil e ir
Porque tudo julgo inútil e vão
Y en tierra ya nada me vigila
E em terra nada mais me assiste
¿Que el refugio de un barco en la inmensidad?
Que o refúgio de um navio na imensidão?
¿O estoy triste por ser lento?
Ou será que sou triste por ser lento
Porque nunca me tiro a mí mismo en el vasto mundo
Porque nunca me lanço ao vasto mundo
Sólo Lisboa al lado del Tajo es mi intención
Só Lisboa junto ao Tejo é meu intento
Donde anónimo como siempre, me hundo
Onde anônimo como sempre, me afundo
¿No sería mejor ir a la deriva?
Não seria melhor seguir à deriva
¿A través de los callejones oscuros de Mouraria?
Pelas vielas escuras da Mouraria?
Allí me encuentro con muchos como yo sin ver
Lá encontro muitos como eu, sem via
Los que viven sin amor, fe, alegría
Os que vivem sem amor, fé, alegria
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