A dança das Estações

Vem sem medo a meus braços, meu amor.
Que a tristeza não vai mais espreitar pelos cantos
e apertar assim o peito.
Fica assim, aqui perto,
que o teu cheiro me faz seguro,
teu calor me protege e teu corpo me cura o vazio.

Pra que brincar de ter razão?
É besteira não querer errar
e é tolice demais curtir a dor.
Deixa pra lá tudo isso
e vem dançar a dança das estações.

Ah, tenta não ligar pra essa gente
chata e sem graça.
São tolos demais
esses mortos cegos e adultos.

Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.

Ah, deixa isso pra lá
que esse mundo é todo errado.
Fica perto então
que tanta solidão já feriu demais.

Vem dançar a dança das estações.

La danza de las estaciones

Ven sin miedo a mis brazos, mi amor
Esa tristeza ya no acecha en las esquinas
y aprieta el cofre así
Es así, cerca de aquí
que tu olor me hace seguro
Tu calor me protege y tu cuerpo cura mi vacío

¿Por qué jugar con tener razón?
Es una tontería no querer perderse
Y es demasiado tonto para disfrutar del dolor
Deja que todo se vaya
y ven a bailar al baile de las estaciones

Trata de no preocuparte por esta gente
aburrido y aburrido
Son demasiado tontos
estos ciegos muertos y adultos

Me gusta verte reír
y la riqueza de las cosas simples
que guardo como tesoros
Y la belleza no tiene prisa
Que corrimos demasiado, mi amor
y es hora de parar, acostarse en la hierba
Sólo habla tonterías y ríete de la vida

Oh, déjalo ir
que este mundo está mal
Quédate cerca entonces
que tanta soledad ha dolido lo suficiente

Ven a bailar el baile de las estaciones

Composição: Fausto / Nene Altro