Nostradamus

Naquela manhã
Eu acordei tarde, de bode
Com tudo que sei
Acendi uma vela
Abri a janela
E pasmei

Alguns edifícios explodiam
Pessoas corriam
Eu disse bom dia
E ignorei

Telefonei
Pr'um toque tenha qualquer
E não tinha
Ninguém respondeu
Eu disse: "Deus, Nostradamus
Forças do bem e da maldade
Vudoo, calamidade, juízo final
Então és tu?"

De repente na minha frente
A esquadria de alumínio caiu
Junto com vidro fumê
O que fazer? Tudo ruiu
Começou tudo a carcomer
Gritei, ninguém ouviu
E olha que eu ainda fiz psiu!

O dia ficou noite
O sol foi pro além
Eu preciso de alguém
Vou até a cozinha
Encontro Carlota, a cozinheira, morta
Diante do meu pé, Zé
Eu falei, eu gritei, eu implorei:
"Levanta e serve um café
Que o mundo acabou!"

Nostradamus

Esa mañana
Me desperté tarde como una cabra
Con todo lo que sé
Encendí una vela
Abrí la ventana
Y me quedé atónito

Algunos edificios explotaron
La gente corrió
Dije buenos días
Y yo ignoré

Llamé
Pr'one touch tiene alguna
Y no había
Nadie respondió
Le dije: «Dios, Nostradamus
Fuerzas del bien y del mal
Vudoo, calamidad, día del juicio final
¿Así que eres tú?

De repente delante de mí
El escuadrón de aluminio se cayó
Junto con el vidrio ahumado
¿Qué hacer? Todo se derrumbó
Todo comenzó a comer
Grité, nadie oyó
¡Y mira, todavía me callé!

El día se quedó la noche
El sol fue más allá
Necesito a alguien
Voy a la cocina
Me presento a Carlota, la cocinera, muerta
Antes de mi pie, Yogi
Dije, grité, rogué
Levántate y sirve una taza de café
¡Que el mundo se haya acabado!

Composição: Eduardo Dusek