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O Grande Ausente
Fernando Maurício
La Gran Ausente
O Grande Ausente
Hoy fui a Mouraria
Passei hoje à Mouraria
Desierto, triste, abatido
Deserta, triste, abatida
En la ceguera más extraña
Na mais estranha cegueira
Y recordé al lado de la Guía
E recordei junto à Guia
La fiebre del alma no contenida
A febre d’alma incontida
De Gabriel de Oliveira
De Gabriel de Oliveira
Si este imponente marinero
Se esse marujo imponente
Verlo morir en desdén
Visse morrer ao desdém
La fe sentida de que había
A fé sentida que havia
Ese valiente poeta
Esse poeta valente
Sufrió más que nadie
Sofria mais que ninguém
En el viejo Mouraria
Na velhinha Mouraria
Su voz tenía la magia
Sua voz tinha a magia
Para imponer el respeto a cualquier
De impor respeito a qualquer
En los barrios más problemáticos
Nos bairros mais desordeiros
Y cuando lo hice, sentí
E quando amava, sentia
¿Fue para cualquier mujer
Fosse por qualquer mulher
Sentimientos verdaderos
Sentimentos verdadeiros
Hoy se mantuvo como una imagen
Hoje ficou como imagem
Echo de menos a alguien ausente
Saudade de alguém ausente
Difundiendo melancolía
A espalhar melancolia
Como ese extraño espejismo
Como que estranha miragem
Recordando tristemente
A recordar tristemente
Un gran Mouraria
Um grande da Mouraria
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