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Borboleta Cega
Jorge Aragão
Mariposa ciega
Borboleta Cega
La vida valió la pena, pero ¿se suponía que debía ser así?
A vida valeu, mas será que era pra ser assim?
Sufriendo de principio a fin
Sofrimento do princípio ao fim
Hay un dolor seguido de otro dolor
Há uma dor seguida de outra dor
no resististe el amor
Não resistiu o amor
La vida valió la pena, pero vivir en soledad para dos
A vida valeu, mas viver em solidão a dois
Hizo sangrar un corazón después
Fez sangrar um coração, depois
Secar la flor, el fruto y la raíz
Fez secar a flor, fruto e raiz
de todo lo bueno que hice
De todo bem que fiz
Hoy, después del vendaval, me siento inmune al mal
Hoje, eu, depois do vendaval, me sinto imune ao mal
Porque Dios no castiga a los que dieron
Pois Deus não pune a quem se deu
Ella, que ironía, mariposa ciega
Ela, que ironia, borboleta cega
Yo era la luz de tu dia
Fui a luz do seu dia
Soy una cruz que ella todavía lleva
Sou cruz que ela ainda carrega
Y la mujer que fue mi pasion
E a mulher que foi minha paixão
Hoy de mano en mano
Hoje, de mão em mão
Llora por los que ya no te quieren
Chora por quem já não lhe quer
En tu llanto silencioso, reflexiono en mi mente
Ao seu mudo grito, reflito em minha mente
Nadie deja impune a un poeta
Ninguém deixa um poeta impunemente
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