Bruma Do Cais
Marco Rodrigues
No nevoeiro denso
Sentado neste cais, eu penso
No teu sorriso quando se acendia em luz, na madrugada
E se esvaiu em fumo
Numa manhã sem berço ou rumo
A que nos trouxe a esta margem onde não havia nada
Sofri... A tua voz sem som
Sofri... A tua cor sem tom
Aqui onde me achava só
E tu aí... Já encontrada
Navegas nos meus sonhos
Será que as minhas mãos mergulham
Nessa tua noite escura
Por ti voltava a nascer
Por ti voltava a morrer
Aqui no triste amanhecer
Em que te sei mulher nesta lonjura
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