Lisboa Não Sejas Francesa

Não namores os franceses
Menina, Lisboa,
Portugal é meigo às vezes
Mas certas coisas não perdoa
Vê-te bem no espelho
Desse honrado velho
Que o seu belo exemplo atrai
Vai, segue o seu leal conselho
Não dês desgostos ao teu pai

Lisboa não sejas francesa
Tu és portuguesa
Não vais ser feliz
Lisboa, que idéia daninha
Vaidosa, alfacinha,
Casar com Paris
Lisboa, tens cá namorados
Que dizem, coitados,
Com as almas na voz
Lisboa, não sejas francesa
Tu és portuguesa
Tu és só pra nós

Tens amor às lindas fardas
Menina, Lisboa,
Vê lá bem pra quem te guardas
Donzela sem recato, enjoa
Tens aí tenentes,
Bravos e valentes,
Nados e criados cá,
Vá, tenha modos mais decentes
Menina caprichosa e má

Lisboa não sejas francesa

Lisboa No Ser Francés

No salgas con los franceses
Señorita, Lisboa
Portugal es dulce a veces
Pero ciertas cosas no perdonan
Te ves justo en el espejo
De este honorable anciano
Que su buen ejemplo atrae
Ve, sigue tu leal consejo
No le des a tu padre ninguna aversión

Lisboa, no seas francés
Usted es portugués
No vas a ser feliz
Lisboa, qué mala idea
Vano, carne
Casarse con París
Lisbon, tienes novios aquí
¿Qué dices, pobrecitas?
Con las almas en la voz
Lisboa, no seas francés
Usted es portugués
Eres sólo para nosotros

Tienes amor por los uniformes hermosos
Señorita, Lisboa
Mira para quién te quedarás
Doncella sin modesta, enferma
Tienes tenientes
Valiente y valiente
Sims y sirvientes aquí
Vamos, tengan modales más decentes
Chica caprichosa y malvada

Lisboa, no seas francés

Composição: José Galhardo / Raul Ferrão