Monomotor
Monograma
Te telegrafei de um avião monomotor
Que como eu era um só
Meu: era amor.
Sob um céu azul rasgado, iluminado, quase vago
Eu vi você, e era azul.
De repente perco a forma e tudo enrola
Vejo o rosto teu e a vista se desdobra
Sei por um segundo surdo
- que calada -
E um sussurro ao pé do mundo:
"tudo bem?"
Já não dá mais pra ver quem vem
Eu vim com o vento e fui além
De onde tudo quis ficar
Pois quem não vem, não vai.
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