Bodoqueando

Cocinando

Bodoqueando

Dos tiras de goma, resina de árbol de caucho
Duas tiras de borracha, resina de seringueira
Se ata firmemente en la horca de la rama de la pythangueira
Bem atados na forquilha do galho da pitangueira
La bolsa, el cañón de la bota, donde sale la escopeta
A bolsa, cano de bota, donde sai a tiradeira
Viejo bodoque criollo de mi campeón de la infancia
Velho bodoque crioulo da minha infância campeira

Las marcas en tu horca son leyendas de un pasado
As marcas da tua forquilha são legendas de um passado
Viví en un armadillo de caza burdeos en la guarida
Em que vivi embodocado caçando tatu na toca
Golpeando mariscos, sangre de buey, canario
Derrubando sabiá choca, sangue-de-boi, canarinho
Lo que cruzó mi camino desde São Luiz a Boçoroca
O que cruzasse meu caminho de São Luiz a Boçoroca

Y recuerdo que anhelas recordarte a Bodoque
E te recordo saudoso ao relembrar-te bodoque
Y cuando retoco ciertos recuerdos tomo
E quando ponho em retoque certas lembranças que tomo
Piedra atrapada en el trono tratando de hacer alguna paloma
Pedra enconchada no trono tenteando que algum pombaço
Bajen de una bodocasse de las muelas de canela
Descesse de um bodocaço das grimpas do cinamomo

Así que, mi viejo amigo, fuiste el guardián de mi infancia
Por isso, meu velho amigo, foste guardião de minha infância
Recuerdo con arrogancia tu atuendo alrededor de mi cuello
Me lembro com arrogância teu garbo no meu pescoço
En un muchacho indio burla el día que estaba agrio
Num deboche de índio moço no dia em que estava azedo
Dejaría ir a ese piazedo
Largava àquele piazedo saraivadas de caroço

¿Y quién diría bodoque, mi viejo compañero?
E quem diria bodoque, meu companheiro de antanho
Que ahora este tamaño retengo devoción
Que agora deste tamanho conservo a devoção
Para traerte bien a mano colgado por precepto
De trazer-te bem à mão pendurado a preceito
Qué pájaro carpintero sobre el cofre en el tronco del corazón
Qual pica-pau sobre o peito no tronco do coração