Costumes Missioneiros

Vou dizer como é a vida dos índio lá do meu pago
Levantam de madrugada pra prosear e tomar um amargo
Nem bem clareia o dia e cada qual nos seus encargos

Domingo eu encilho o pingo, bem cedo de madrugada
E saio a galopito visitar minha namorada
Esse é o costume que eu tenho quando não ando em tropeada

Em Maio nas marcação eu sempre dou mostra do braço
Pialando de sobre lombo e laçando de todo laço
Inté eu mesmo me admiro das gauchadas que eu faço

Por isso faz recordar dos pagos da Bossoroca
Onde a galinha não canta e o tatu não sai da toca
E o campo santo tá aberto pra aquele que me provoca

E também faz recordar dos pagos de Itaroquém
Daqueles campos tão finos que nem macega não tem
E as velhas de mim tem raiva e as moças me querem bem

De todas estas coisas lindas que existe no meu rincão
Várzeas, coxilhas infindas, algo de admiração
Tomara que eu sempre viva pra bem dizer o meu chão

Costumbres Misioneras

te voy a contar como es la vida de los indios ahi de mi paga
Se levantan de madrugada para charlar y beber un amargo
Tan pronto como amanece el día, y cada uno en su carga

Domingo encilho el pingo, muy temprano en la mañana
Y salgo a visitar a mi novia
Esa es la costumbre que tengo cuando no estoy tropezando

En mayo en las citas siempre muestro el brazo
Hooping desde el lomo y lazo de cada trampa
Hasta yo mismo admiro las gauchadas que hago

Por eso me recuerda a los pagos de Bossoroca
Donde la gallina no canta y el armadillo no sale del hoyo
Y el campo santo está abierto para el que me provoca

Y también nos recuerda a las pagodas de Itaroquém
De esos campos tan delgados que no hay macega
Y las ancianas están enojadas conmigo y las jóvenes me aman

De todas estas cosas lindas que existen en mi rincón
Llanuras de inundación, coxilhas interminables, algo de admiración
Espero vivir siempre para decir mi tierra

Composição: Jayme Caetano Braum / Noel Guarany