Implosões
Orlando Morais
Engana quem vê meu destino solitário
E, os presentes que os deuses me emprestam
São implosões de prédios centenários
São Grécias, desesperos secundários
São máscaras, fetiches que restam
A noite guarda o dia lentamente
Como luzes acendem minha pele
E você sorri chorando e não sente
Quando a platéia mostra os dentes
Na força bruta que o amor impele
Há quem desconfie do sentir
Sem sentido perde o rumo perde a rédea
Numa luta desigual que é existir
Sem querer o amor pode ferir
O riso disfarçado da tragédia
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