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Poema da Lesma
Tetê Espíndola
Poema babosa
Poema da Lesma
Si en el viento la babosa tiembla
Se no tranco do vento a lesma treme
¿Qué soy la pared del mismo pliegue
O que sou de parede a mesma prega
Si en la parte inferior de la concha la bala freme
Se no fundo da concha a lesma freme
A las carnes de la carne se agrega
Aos refolhos da carne ela se agrega
Si en las aletas de la noche la babosa oscura
Se nas abas da noite a lesma treva
En lo que yace en mí en la oscuridad ella cuelga
No que em mim jaz de escuro ela se trava
Si en medio de las náuseas la baba babosa
Se no meio da náusea a lesma gosma
En lo que sufro de musgo cuya lasma
No que sofro de musgo a cuja lasma
Si en el pliegue de la hoja la escoria de babosa
Se no vinco da folha a lesma escuma
En las aceras del poema las plumas de vaca!
Nas calçadas do poema a vaca empluma!
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