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Um Homem Chamado Alfredo
Vinicius de Moraes
Un hombre llamado Alfredo
Um Homem Chamado Alfredo
Mi vecino de al lado
O meu vizinho do lado
Se suicidó con soledad
Se matou de solidão
Él encendió el gas, el pobre tipo
Ligou o gás, o coitado
Último gas del enchufe
Último gás do bujão
Porque nadie lo quería
Porque ninguém o queria
Nadie le estaba prestando atención
Ninguém lhe dava atenção
Porque nadie más te lo abriría
Porque ninguém mais lhe abria
Las puertas del corazón
As portas do coração
Se llevó a su rubia con él
Levou com ele seu louro
Y un gato mascota
E um gato de estimação
Hay tanta gente sola
Há tanta gente sozinha
Que apenas podemos adivinar
Que a gente mal adivinha
Personas sin tiempo para amar
Gente sem vez para amar
Personas sin manos para dar
Gente sem mão para dar
La gente que acaba de echar un vistazo
Gente que basta um olhar
Casi nada
Quase nada
Las personas con los ojos en el suelo
Gente com os olhos no chão
Siempre pidiendo perdón
Sempre pedindo perdão
Gente que no vemos
Gente que a gente não vê
Porque no es casi nada
Porque é quase nada
Siempre lo saludé
Eu sempre o cumprimentava
Porque se veía bien
Porque parecia bom
Un hombre detrás de las gafas
Um homem por trás dos óculos
Como Drummond diría
Como diria Drummond
En un papel de regalo viejo
Num velho papel de embrulho
Dejó una nota de ti
Deixou um bilhete seu
Diciendo que se suicidaría
Dizendo que se matava
De cansado de vivir
De cansado de viver
Bajo firmado Alfredo
Embaixo assinado Alfredo
Pero nadie sabe qué
Mas ninguém sabe de quê
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