Serpes
Xoel López
Serpes! Serpes!
Vinde a min
Levádeme ós bosques verdes da mía infancia
Vinde! Vinde!
Vinde onda min
E acende o musgo eterno de meu sangue
Quero sentir
Quero sentir
Aquela mordida de infinita saudade
Berra! Berra!
Berra para min
Cereixa da mía árbore primeira
Voa! Voa!
Pedra sen fin
E racha con todos, todos, todos los segredos
Quero sentir
Quero sentir
Aquela mordida de infinita saudade
Ruxe!
Río túrbido e senil
Lesma negra que se espalla
De perfecta soidade
Serpes, serpes, serpes
Levádeme sempre! Serpes!
Vinde onda min!
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