Eu Caminhava

Caminhos e Máscaras: Uma Análise de 'Eu Caminhava' por Nenhum de Nós

A canção 'Eu Caminhava' da banda brasileira Nenhum de Nós, traz uma reflexão introspectiva e melancólica sobre a jornada da vida e as máscaras sociais que muitas vezes somos forçados a usar. Através de uma narrativa em primeira pessoa, o eu-lírico descreve sua caminhada, metaforicamente e literalmente, através de cruzamentos e esquinas, que podem ser interpretados como as decisões e mudanças na vida de uma pessoa.

O encontro com um estranho, que mostra seus braços marcados e oferece 'a prisão', pode ser visto como um momento de confronto com as realidades duras e muitas vezes ocultas da sociedade. Este estranho representa as lutas e os vícios que são frequentemente escondidos sob a superfície das interações cotidianas. A escolha do eu-lírico de deixar o estranho 'entre um tiro e um espelho' sugere uma decisão de ignorar as realidades desconfortáveis em favor de uma existência mais superficial e menos problemática.

A repetição da frase 'Eu caminhava e fingia' ressalta a ideia de que, em muitos aspectos da vida, as pessoas se movem através do tempo e do espaço, fingindo entender, fingindo gostar, e fingindo ser quem não são, apenas para se encaixar ou para fazer o tempo passar mais suavemente. Esta canção desafia o ouvinte a refletir sobre a autenticidade de suas próprias experiências e interações, questionando até que ponto estamos todos apenas caminhando e fingindo.