Mochila
Romulo Fróes
Põe na mochila que trago nas costas
como o casco de uma tartaruga
o peso bem leve da tua beleza
E da tristeza que todo dia
o dia, o verde das árvores dizem pra mim
Põe na mochila que trago nas costas
como as asas de uma graúna
as asas da graúna são pretas
toda espuma e o veneno do beijo
e o silêncio no meio onde eu te amei
Te amei no silêncio da minha respiração
Te amei no meu olho, na minha cova
Te amei nas dobras da pele, na corcunda
Onde eu levo a mochila que trago nas costas
Te amei na maldade que eu não reparei
Essa gente tinha contra mim
Te amei na maldade que eu deixei
essa gente guardar contra mim
Te amei na mentira que eles contaram
Te amei na verdade que eles mentiram
Até separar você de mim...
Agora tira a cor dos teus olhos azuis, tira a cor
Dos teus olhos verdes
Tira a cor dos teus olhos brilhantes,
a cor
dos teus olhos de mim
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